A maioria das pessoas chega à terapia movida pela dor — seja por uma perda recente, um luto profundo ou por viver algo que, naquele momento, parece impossível de enfrentar sozinhas.
Essa dor aparece no corpo, na fala, no silêncio. E quando o sofrimento começa a afetar os relacionamentos, os compromissos do dia a dia e até o próprio senso de identidade, é aí que a terapia se torna essencial.
A proposta da terapia não é apagar a dor, mas dar a ela um lugar. É acolher, compreender e, com o tempo, transformá-la em algo que possa ser vivido de outro jeito.
Estar em um espaço de escuta profissional, empática e livre de julgamentos pode ser uma experiência transformadora. É como encontrar um farol em meio à escuridão — uma luz que não aponta respostas prontas, mas ilumina o caminho para que você possa enxergar e escolher, com mais clareza, a direção que deseja seguir.
Para quem é a psicoterapia do luto?
O luto faz parte da vida, mas quase nunca aprendemos a falar sobre ele. Não fomos ensinados a lidar com a morte, com as despedidas, com o vazio ou com a falta. Ainda assim, as perdas chegam — mais cedo ou mais tarde — e nos atravessam de forma única e profunda.
E, não, o luto não se resume à morte.
Ele pode aparecer em muitos momentos da vida: ao deixar a casa dos pais, ao vê-los partir, ao encerrar um ciclo profissional, ao enfrentar uma perda gestacional ou ao escolher não ter filhos. Pode surgir no fim de um relacionamento, diante do envelhecimento, de uma doença ou na constatação de que a vida não saiu como o sonhado.
Algumas dessas dores conseguimos atravessar sozinhos. Outras nos deixam à deriva — como se estivéssemos em alto-mar, sem bússola, sem chão. É nesse momento que a psicoterapia de luto pode ajudar: oferecendo um espaço seguro para acolher a dor, dar nome ao indizível e encontrar